JPII e Nossa Senhora de Fátima

Uma linda história envolve a trajetória do Papa João Paulo II e de Nossa Senhora de Fátima. O texto do terceiro Segredo da Senhora ia acompanhado de uma carta, na qual Lúcia dizia ao Papa ser desejo de Nossa Senhora que ele não fosse revelado ao público antes de 1960, e que, depois daquela data, competia ao Papa decidir se convinha quando e como revelá-lo. O fato de os Papas, embora podendo não revelarem, depois de 1960, o que Nossa Senhora dissera aos videntes, aumentou a curiosidade a ponto de torná-la doentia.

Em 1981, ocorreu o atentado a João Paulo II, e as especulações e deduções sobre o famoso Segredo só fizeram aumentar. No ano seguinte o Papa foi a Fátima, e ali afirmou ter sido salvo por intervenção de Nossa Senhora, o que fez crescer ainda mais as suposições. No fim dos anos oitenta verificou-se a queda do Comunismo, prevista na segunda parte do Segredo, mas a terceira parte continuava em sigilo. Porém o texto do Segredo foi tornado publico em 26 de junho de 2000.

A partir daí se reconheceu oficialmente, que é Karol Wojtyla, o “Bispo de branco”, profetizado por Nossa Senhora, em Fátima, três anos antes de ele vir ao mundo. O Papa admitiu e aceitou como fato real que Nossa Senhora, em Fátima (13 de julho de 1917), ao dar aos videntes a sua mensagem, ao lhes confiar as próprias preocupações com o futuro da humanidade, tinha diante dos olhos também Karol Wojtyla, sabia de sua existência, sabia tê-lo escolhido como colaborado para salvar o mundo. Sobre isso não pairam dúvidas. Wojtyla, portanto, fez parte do desígnio de salvação posto em ação por Nossa Senhora, desde 1917.

Por ocasião de uma visita do então Bispo de Leiria-Fátima ao Vaticano, o Papa decidiu entregar-lhe a bala que ficara no jeep depois do atentado, para ser guardada no Santuário. Por iniciativa do Bispo, ela foi incrustada na coroa da imagem de Fátima