quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Aprendendo com Maria

Maria exerce papel de modelo na Igreja. Na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo, ela é discípula que soube ouvir as palavras de Deus e fazer a sua vontade (Mc 3,31-35). Perfeita missionária, muito nos ensina na hora de assumirmos o nosso papel de batizados. Maria, através dos dois títulos que celebramos neste mês, Nossa Senhora do Rosário (07/10) e Nossa Senhora Aparecida (12/10), nos quer ensinar quatro passos para vivermos autenticamente a nossa fé.

Maria é a Virgem que sabe ouvir, porque na fé acolhe o anúncio e a promessa trazida pelo anjo Gabriel (Lc 1,26-38). Maria não deixou de crer “no cumprimento” da Palavra de Deus. Maria é “uma escola de fé destinada a nos conduzir e nos fortalecer no caminho que conduz ao encontro com o Criador” (270 DA). Por isso, a Igreja a tem como modelo no escutar, no acolher e no venerar da Palavra de Deus. Com essa primeira lição, tenhamos a coragem de escutar, de acolher e crer nas promessas que o Filho de Maria revelou à sua Igreja.

Maria é a Virgem dada à oração. É a orante perfeita. O Evangelho nos revela como Maria ora e intercede na fé: podemos ver em Lucas 1,46-55 a oração da Virgem Maria, chamada de Magnificat, e em João 2,1-12, em Caná, quando Ela pede a seu Filho pelas necessidades das Bodas. A Virgem é modelo de pessoa orante para a Igreja. Maria nos mostra agora o valor da oração e da intercessão. Temos a certeza de que quem recorre à Maria não fica sem receber graça nenhuma.

Maria é a Virgem-Mãe, isto é, aquela que “pela fé e obediência, gerou na terra o próprio Filho de Deus Pai”. Ela é a figura mais perfeita da realização da Igreja. A sua maternidade prodigiosa é constituída pelo próprio Deus protótipo e modelo da fecundidade da Virgem-Igreja. Essa visão mariana da Igreja é o melhor remédio para uma Igreja que forma, educa e santifica os filhos gerados pelo Batismo. Maria é a mãe da Igreja. Aprendemos o valor que Maria tem como mãe espiritual de todos aqueles que professam a fé em Jesus Cristo, conforme Jo 19,25-27.
Maria é a Virgem discípula missionária. Ela é a grande discípula continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. Ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária. Por fim, temos a lição de que Maria não ficou acomodada no seu mundo, mas, a partir de sua experiência de Deus, se colocou a serviço do próximo, conforme Lc 1, 39-45. Com seu exemplo somos chamados a fazer a experiência do encontro pessoal e comunitário com Deus, para depois, fortalecidos, irmos a serviço daqueles que necessitam de nossas mãos.

O Papa Bento XVI em Aparecida nos pediu que não nos afastássemos da escola de Maria, porque nela saberemos escutar, acolher, orar na fé a Palavra de Deus e daí geraremos filhos para a Igreja, filhos que serão discípulos e missionários para o terceiro milênio.
Peçamos a Nossa Senhora, nos títulos de Rosário e de Aparecida, que a Sua escola esteja presente em todas as nossas pastorais e movimentos e nas nossas vidas, para que, por sua intercessão, assumamos o compromisso de levar o Evangelho a todos os setores de nossa sociedade.
Diácono Ozéias

Alicerce dos santos: A Eucaristia

Durante estes dias o Senhor me levou a meditar sobre o valor da Eucaristia celebrada, adorada e vivenciada na vida daqueles que buscaram e que estão buscando a vida no Espírito Santo, isto é, naqueles que querem chegar à Santidade.
Com esta pequena e humilde meditação surgiu o sentimento de partilhar contigo, jovem da geração João Paulo II e de Bento XVI, os frutos dessa meditação e o valor da Eucaristia na nossa vida.

A Eucaristia celebrada, adorada e vivenciada deve envolver toda nossa vida, isto é, tudo precisa iniciar na Eucaristia e terminar n’Ela. Aqueles que buscam viver a vida no Espírito Santo têm que ter o seu alicerce de espiritualidade na Eucaristia, principalmente na Celebração Eucarística e na adoração comunitária- pessoal, para enfim terminar na vivência Eucarística, isto é, ser uma hóstia viva na sociedade.

A celebração Eucarística, isto é, a Santa Missa, “é a expressão excelsa da glória de Deus e, de certa forma, constitui o céu que desce à terra”, isto é , em cada Missa celebrada o céu se faz presente. Por isso, jovem da geração João Paulo II e de Bento XVI, não perca a Missa. Ou como dizia São Pedro Julião Eymard: “A Eucaristia é a suprema manifestação do amor de Jesus: depois dela nada há mais senão o céu.” A missa é o alimento dos santos.
Por meio da Eucaristia celebrada, adorada e vivenciada, os frutos de santidade daqueles que têm a espiritualidade Eucarística devem ser o de uma vida transformada, para transformar todos os lugares por onde passam em um novo céu e em uma nova terra. Aqueles que não têm como alicerce a Eucaristia Celebrada, adorada e vivenciada não terão frutos de uma vida da geração João Paulo II e de Bento XVI, porque essa é a geração que busca diariamente na Eucaristia o modo de viver o Evangelho. Os que não têm e não querem ter uma espiritualidade Eucarística não frutificam, e encontram muitas dificuldades de levar novas vidas para o Senhor. Em outras palavras, não têm a vida no Espírito Santo e nem levam outras pessoas a tê-la, e estão longe da santidade.

Meu caro jovem da referida geração, a espiritualidade Eucarística quebra mais cadeias e derruba mais barreiras do que todos os esforços que tu realiza para seres santo. Eu não conheço nenhum santo que não teve a Eucaristia celebrada, adorada e vivenciada como alicerce de sua vida; pare de perder forças para quebrar as cadeias e derrubar as barreiras de sua vida ou da vida das pessoas que pedem oração a você. Lembre-se: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5). Sem a Eucaristia, ficaremos sempre no mesmo lugar ou até mesmo retrocederemos na vida cristã. Por isso, caríssimo jovem, não tenha medo de abrir o teu coração, assim como João Paulo II nos exortou tantas vezes, para ter a nossa vida alicerçada na espiritualidade Eucarística.

Queres ter uma vida no Espírito Santo? Queres ser santo? Queres ser geração João Paulo II e Bento XVI? Queres ser de fato um jovem cheio da graça? Então comece alicerçar a tua vida hoje, agora, na Eucaristia celebrada, adorada e vivenciada.
Diácono Ozéias