terça-feira, 24 de março de 2009

NOVIDADE!

Queridos irmãos hoje apresentamos a vocês mais uma novidade do blog JPII, que são os “artigos de continuidade”, aqui nós iremos convidar pessoas muito especiais que irão nos falar sobre vários assuntos abrangendo diferentes áreas e opiniões.

E continuando na mesma moção da semana passada sobre a Misericórdia de Deus, quem nos fala sobre isso hoje é o nosso querido irmão e jovem de fogo Felipe Bello coordenador da última edição do Jesus no Litoral do Rio Grande do Sul.

E fique ligado porque ainda esta semana teremos mais posts sobre este assunto!!!



Filho Pródigo


“Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância... e eu, aqui, estou a morrer de fome! Levantar-me-ei e voltarei a meu Pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho, trata-me como a um dos teus empregos(...).” Lucas 15, 17-18

A partir da Parábola do Filho Pródigo, podemos questionar a Deus a respeito de apenas o filho mais novo receber uma festa e um novilho enquanto o irmão mais velho que aparentemente permanece junto ao Pai não é presenteado com os mesmos bens. Por isso, devemos procurar entre os versículos a diferença entre tais irmãos. Apesar de o irmão mais novo ser o de comportamento rebelde, a bíblia nos aponta que ele é quem tem o comportamento mais autêntico, tanto no momento em que pede sua herança como no retorno para casa.Esse impulso é facilmente visto na juventude, uma vez que são os jovens que se sentem impelidos por seus desejos em romper com o que é tradicional em busca do NOVO. São os adolescentes, que em busca de sua verdade, se rebelam contra a sociedade e até mesmo contra sua família, a fim de encontrarem a própria identidade. Embora tal impulso de autenticidade seja saudável a princípio, a projeção dessa busca tem sido deturpada por meio da mídia principalmente, visto que muitos têm procurado no vício das drogas, do sexo desordenado - incluindo homossexualismo e lesbianismo - a saciedade de seus anseios. Não queremos de nenhuma forma condenar as pessoas que apresentam algum tipo de vicio ou dificuldades em sua sexualidade, ao contrario queremos despertar nos filhos de Deus a consciência de que a VIDA NOVA (Intensa e cheia de Paz), ansiada de maneira mais expressiva pelos jovens não está em tais comportamentos, e sim encontra-se em Deus, já que apenas a sua MISERICORDIA é capaz de nos acolher da maneira como somos e da maneira como estamos.Ao comparar o filho mais velho com o mais moço, percebemos que os dois almejam festa em sua vida, ou seja, sede de alegria. Por isso o filho chamado pródigo age com a força de seu desejo e busca isso longe da presença do Pai, contudo esse impulso de autenticidade lhe permitira descobrir que sua felicidade não está escondida nos objetos, nem nas festas do mundo com suas bebedeiras e sexo liberado. A autenticidade, sinônimo de agir com a verdade, e desejo pela verdade será a garantia do retorno desse filho para o Abraço do Pai. Portanto, a atitude relatada no versículo 17 nos mostra a diferença entre esses irmãos: “então ele entra em si e refleti...” Essas duas atitudes nos indicam o processo de auto-conhecimento que vivenciou o Jovem Pródigo. Isso fez com que ele conhecesse uma verdade de seu coração: mesmo com todas as festas que já tinha participado, todas as pessoas que tinha se relacionado afetivamente, amizades e namoros, e com todos os bens que tinha comprado, nada disso tinha sido capaz de satisfazê-lo de modo pleno, uma vez que nada tinha sido constante como o Amor do Pai. Nesse momento, o jovem passa a descortinar a verdade da sua história, passa a descobrir sua necessidade de ser amado de modo incondicional, pois é isso que seu coração exige.Desse modo, entendemos que só experimenta a Misericórdia de Deus, aquele que vive um processo de auto-conhecimento (entrar em si) e ao mesmo tempo recorda as expressões do Amor de Deus na própria história (refletir). Além disso, percebemos que não são as regras que nos permitem desfrutar da Misericórdia Divina, mas isso não significa que temos de nos atirar em uma vida desregrada ou que seja necessário o distanciamento de Deus para nos conhecermos melhor. Ao contrário, somente na presença de Deus é que suportamos a verdade de nossas vidas, com todas as nossas limitações.Embora a regra e a Lei nos ajudem no serviço da Igreja, é a humildade de se reconhecer necessitado de Deus que atrai a atenção do Pai do Céu.O mais velho não reivindicou sua herança, mas também não viveu o processo de “entrar em si” e perceber o quanto ele deveria ser grato pelo Amor do Pai.Assim, observamos diversas pessoas desejosas de terem um encontro com o Amor misericordioso de Deus e, por isso, iniciam um processo de conhecimento da Palavra, um processo de formação doutrinal ou teológico, a fim de servir na Igreja. Contudo, quando chega o momento de aprofundarem o processo de auto-conhecimento, se deparam com uma realidade tão limitada que muitas vezes lhes fazem esquecer que além da humildade, a confiança, de que sempre seremos acolhidos por Deus-Pai, é fator constituinte para nos permitirmos ser envolvidos pelo coração amoroso do Deus Vivo. Caso a humildade e a Confiança em nós não se aprofundem, na medida em que progride o conhecimento de nossa própria verdade, corremos o risco de tomarmos a posição do filho mais velho. Aquele cuja presunção lhe fez pensar que Deus lhe deve uma festa da sua Misericórdia só por que já tem anos de serviço na Comunidade.Portanto, no que diz respeito ao processo de conhecer-se, é bom que nos coloquemos sempre como Filhos Pródigos, os quais desejam estar perto do Pai quer como servos, quer como filhos, uma vez que Deus assume os que lhe servem como Filhos Legítimos.

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