segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Os cinco amores do Grupo de Oração João Paulo II

Durante esses dias e semanas escreverei uma carta ao Grupo de Oração João Paulo II, nessa carta terá como assunto alguns passos para viver melhor a Vida no Espírito Santo; o tema central será os cinco amores que todos os servos e todos aqueles que participam e visitam o nosso blog precisam ter. O que escreverei é um pouco daquilo que o Servo de Deus João Paulo II nos ensinou durante seu Pontificado: O amor a Jesus; ao Espírito Santo; às Sagradas Escrituras; à Igreja e à Virgem Maria. Poderia colocar aqui outros amores, mas estes cinco são os cruciais, porque ajudam a colocar e orientar os detalhes da vida daqueles que buscam a santidade.

Nessa primeira etapa da carta falarei um pouco sobre o amor a Jesus e ao Espírito Santo.

O amor a Jesus e ao Espírito Santo

O jovem do Grupo de Oração João Paulo II deve destacar-se pelo amor a Jesus e ao Espírito Santo. Essa colocação pode ate ser obvia, mas é necessário sublinhar tal exigência, pois se corre o risco permanente de querermos ficar apegados aos afazeres de Jesus, isto é, apegados aos ministérios, à pregação, à música (se é católica ou evangélica), a cura, ao repouso no Espírito, que o próprio Jesus não esteja no centro das ocupações e preocupações da nossa vida espiritual, material, familiar e comunitária.
Meus filhos, Jesus Cristo e o Espírito Santo é quem dão sentido, unidade e senso de orientação para a vida e o ministério do jovem que participa do Grupo de Oração João Paulo II. E não os ministérios, e nem a pregação, nem a música e outras coisas que dão sentido. O nosso amor tem que ser não os afazeres como já falamos, mas a Jesus. Por isso, que pergunto hoje: você ama a Jesus ou aos afazeres de Jesus?

Muitas vezes nos preocupamos mais com os afazeres de Jesus do que em ser Jesus no Grupo de Oração ou até mesmo lá no meu dia a dia para as pessoas que me procuram ou que convivem comigo. Falo isso, porque aquele que diz que tem ou que busca ter a vida no Espírito tem que ser outro Cristo Jesus no seu dia a dia.

Caros filhos precisamos deixar o Espírito Santo nos configurar a Jesus e não aos afazeres DELE. Sem Jesus Cristo (cf. Jo 15,5), o jovem do Grupo de Oração João Paulo II se tornaria ou se tornará simplesmente ridículo. Pode pescar a noite toda sem conseguir nada, mas com Jesus ele conseguirá pescar 153 grandes peixes (cf. Jo 21, 5-11).

Daí se conclui que cada jovem deve esforçar-se para amadurecer sempre o amor a Jesus para viver NELE, por ELE e com ELE.

Como podemos amadurecer o amor a Jesus e ao Espírito Santo? Podemos amadurecer de várias maneiras. Mas aqui coloco três meios de amadurecimento. O primeiro meio é a oração pessoal e comunitária. Por meio do louvor, da gratidão, pedido de perdão e também o simples estar silenciosamente diante DELE presente no Sacrário. O meio principal de amadurecimento é a Sagrada Eucaristia, fonte e ápice do culto cristão como assim muitas vezes nosso patrono, João Paulo II, nos exortava em suas homilias, mensagens e encíclicas.

Que ama anuncia aos quatro cantos, isto é, o Cristão que ama a Jesus e ao Espírito Santo evangelizar no poder do Espírito Santo. No final dessa pequena reflexão João Paulo II nos explicar sobre o que é evangelizar no Espírito Santo.

Para terminar de falar sobre o amor a Jesus quero só lembrar o respeito pelo Santo Nome de Jesus, em meio a um ambiente que exclui cada vez mais o senso do sagrado e onde a banalização e o secularismo crescem de maneira declarada, o respeito pelo mais Santo de todos os nomes deveria ser o sinal distintivo de todos os servos e de todos os jovens que amam a Jesus. O amor a Jesus e ao Espírito Santo deve impulsionar o jovem do Grupo de Oração João Paulo II e envolvê-lo totalmente. (cf. 2Cor 5,14-15).

E por fim João Paulo II nos explica o que é evangelizar na força do Espírito Santo. Sobre o amor a Jesus e ao Espírito Santo:

“O que significa «evangelizar no Espírito Santo»? Sinteticamente, pode-se dizer: significa evangelizar na força, na novidade, na unidade do Espírito Santo.

Evangelizar na força do Espírito quer dizer ser investido daquele poder que se manifestou de modo supremo na atividade evangélica de Jesus. O Evangelho diz-nos que os ouvintes se maravilhavam com Ele, porque «lhes ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas» (Mc 1, 22). A palavra de Jesus «expulsa os demônios, aplaca as tempestades, cura os doentes, perdoa os pecadores, ressuscita os mortos.

A autoridade de Jesus é comunicada pelo Espírito, como dom pascal, à Igreja. Vemos assim os apóstolos ricos de parresia, ou seja, daquela franqueza que os faz falar de Jesus sem medo. Os adversários ficam maravilhados com isto, «considerando que eram iletrados e plebeus» (At 4, 13).

Também Paulo, graças ao dom do Espírito da Nova Aliança, pode afirmar com toda a verdade: «Tendo, pois, esta esperança, agimos com plena segurança» (2 Cor 3, 12).

Esta força do Espírito é mais do que nunca necessária ao cristão do nosso tempo, ao qual é pedido que dê testemunho da sua fé num mundo com freqüência indiferente, se não hostil, fortemente marcado como está pelo relativismo e pelo hedonismo. É uma força de que têm necessidade, sobretudo os pregadores, que devem repropor o Evangelho sem ceder a compromissos e falsas tergiversações, anunciando a verdade de Cristo «oportuna e inoportunamente» (2 Tm 4, 2).

O Espírito Santo assegura ao anúncio também um caráter de atualidade sempre renovada, a fim de que a pregação não decaia em vazia repetição de fórmulas e em inexpressiva aplicação de métodos. Com efeito, os pregadores devem estar ao serviço da «Nova Aliança», a qual não é «da letra», que faz morrer, mas «do Espírito», que faz viver (cf. 2 Cor 3, 6). Não se trata de propagar o «regime antigo da letra», mas o «regime novo do Espírito» (cf. Rm 7, 6). É uma exigência hoje particularmente vital para a «nova evangelização». Esta será deveras «nova» no fervor, nos métodos, nas expressões, se aquele que anuncia as maravilhas de Deus e fala em nome d’Ele, tiver antes escutado Deus tornando-se dócil ao Espírito Santo. Fundamental é, portanto, a contemplação feita de escuta e oração. Se o anunciador não ora, acabará por «pregar a si mesmo» (cf. 2 Cor 4, 5) e as suas palavras reduzir-se-ão a «conversas vãs e profanas» (cf. 2 Tm 2, 16).

O Espírito, por fim, acompanha e estimula a Igreja a evangelizar na unidade, construindo a unidade. O Pentecostes aconteceu quando os discípulos «se encontravam todos reunidos no mesmo lugar» (At 2, 1) e se entregavam «(todos)... assiduamente à oração» (ibid., 1, 14). Depois de ter recebido o Espírito Santo, Pedro pronuncia o primeiro discurso à multidão, «de pé, com os Onze» (ibid., 2, 14): é o ícone dum anúncio coral, que assim deve permanecer também quando os anunciadores estiverem dispersos pelo mundo.

Anunciar Cristo sob o impulso do único Espírito, no limiar do terceiro milênio, implica para todos os cristãos um esforço concreto e generoso em prol da plena comunhão. É o grande empreendimento do ecumenismo, a ser ajudado com sempre renovada esperança e eficaz empenho, embora os tempos e os êxitos estejam nas mãos do Pai, que nos pede humilde prontidão ao acolher os Seus desígnios e as inspirações interiores do Espírito. (Audiência do 1 de Julho de 1998”

Possamos através do nosso amor a Jesus e ao Espírito Santo Evangelizar no poder do Espírito Santo, por isso, caro filho ame a Jesus e peça a Ele o dom de Evangelizar no Espírito Santo. Profetizo na sua vida: Se você amar e pedir a Jesus você verá, sentirá e vivenciará o poder de Evangelizar no Poder do Espírito Santo.
Que Deus nos abençoe ate o próximo tema que é o Amor à Sagrada Escritura.
Diácono Ozeias Vieira dosa Santos.

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